OVERDOSE

Entupo as veias de tédio

Sujo o sangue, esfumaço a mente.

Isso não é um remédio!

Grita o subconsciente.

Viajo no teto branco, tento fugir em vão,

Do meu nariz, escorre depressão.

O real e o abstrato, tudo tão contraditório,

Onde assino o contrato para o fim do purgatório?

Não aprendi na escola que a maior droga é amar,

Nem que pedir esmolas um dia ia me salvar.

Por pra fora me alivia, mesmo que ninguém leia,

Por pra dentro me alivia, mesmo que ninguém entenda.

A vida é mesmo um breve espaço, sem sentido ou razão,

Que essa overdose de decadência

Me leve logo à um caixão.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 28/11/2014
Código do texto: T5051435
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