Suícidio
Eis a lâmina afiada
em sua mão.
A luz prateada reflete
em seu rosto, clarão.
Está frio e as lágrimas
salgadas, aflição.
A vela vermelha tremula,
Sombras na escuridão.
E o corte mancha de rubro
a alva pele, suja o chão.
E a dor surge certeira,
mais um corte, vermelhidão.
Fraqueja, cai a lâmina e
tilinta, quando soa o trovão.
Desaba a chuva, e ela
junto, vai de encontro ao chão.
Um rio de lágrimas e sangue
Dentro da escuridão.
Olhos se fecham, ultimo suspiro,
Nenhum grito, nem respiração.