catedral
Dias cinzas nos olhos do anjo mudo
não muda o mundo que implora pelas esmolas santas da boca do sacerdote sujo
agua benta com veneno de rato
homilia que vem forte como um vento fria que colocá o Judas de pano virado de costas pra parede das lágrimas de sangue.
Agora a chuva cai
e o esgoto da alma explode
minha dor fica de joelhos e grita
Não sou um santo
Não sou um santo
Não sou um altar de ofertas invisíveis
Tudo e diferente na hora do julgamento final e a capa preta beija a boca da noite.