Liberta

como numa hora morta,vazia,

sinto-me seca por dentro,

vazia e despida de todo esse

sentimento infrutífero que brota

em meu coração,como um feto

morto que,expelido de meu útero,

já não me afeta a alma como

deveria sempre que me liberto

de cada angústia que me machuca,

espinho a me arranhar a pele.

como que liberta desse

doce e angélico sonho de morte,

me deixo levar por esse sombrio

sopro de vida que me acaricia

o coração outrora roído pelas

traças da dor,limpando cada mágoa,

cada angústia que habitava em mim,

mostrando a cada suspiro meu

a fuga cada vez mais sutil dessa

sublime dor que me deixou mais e mais

pura agora que estou liberta dessa

prisão em que fui angelicalmente cativa.

Karen Samira Yagami
Enviado por Karen Samira Yagami em 26/10/2014
Código do texto: T5012090
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