Funeral das Rosas
Nos vastos Jardins da Desilusão
Cintilam rosas negras.
Acalentam-se uma nas outras
Mendigando um apreço... Egoístas
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Temem não serem lembradas
Rastejam, sujas
Por imensos vales fétidos de desilusão;
Abissais fossos do descaso;
O Circulo infernal dos não-amados...
...E os vermes a satirizá-las.
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O funeral de uma rosa não-amada
Deve ser belo como a desvalida carcaça
Do inseto metamorfóseo
Que se sacrifica pelo triunfo do Belo
E lá fica a apodrecer-lhe a Entidade
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As escolhidas são Fortunas raras
Mas a ventura faz-nas padecerem de Comiseração
Faturam o triunfo...
Fazendo de seu Ego
Totem para os infaustos
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Sou, pois uma Rosa Fúnebre
Mas imploro-lhe, não chalacei-me
Pois o peso de meu pranto
É a desgraça de meu instinto.
Que quando desperta...
...com o Diabo vai à caça.
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E o sacrifício de uma Rosa amargurada
É sempre ser rosa.
Estática, alegre aos olhos do outrem
Micos, Polichinelos, Dulcificadores
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Com seu colorido felicitar a todos
E quando enfim chegar a desinência
Chorarei por lembrar o quanto chorei
E por não saber se já fui chorado...