Cânticos da meia noite

Na penumbra da noite de uma metrópole em plena revolução industrial vagueia pelas ruas, duas ninfetas extremamente carnais ,retrato renascentista que entorpece e enlouquece expectadores.

Epidermes pálidas ,bocas que sussurram e transportam ao delírio real, cachos cor sangue, corpo pecaminoso, olhar que penetra e dilacera suas vísceras, o medo excita, o gemido corrói.

Como a culpa és minha sombra, meu caminhar tremulo se mistura ao barulho dos becos sombrios, minhas perturbações em conúbio com meus desejos mais sacanas, és doce és pueril e todo pudor em segundos caiu.

Começo despir não só da fina seda mas da mascara e véu costuradas com linho nobre e botões puritanos.

O toque do imoral queima ,enlouquece , mergulha- te em um êxtase paranoico que se misturam ao som de cânticos gregorianos, entrego-me ao pecado original, bebo o cálice da luxúria e me embriago todas as sextas-feiras á meia noite.

sarkiz
Enviado por sarkiz em 01/09/2014
Código do texto: T4944866
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