Cânticos da meia noite
Na penumbra da noite de uma metrópole em plena revolução industrial vagueia pelas ruas, duas ninfetas extremamente carnais ,retrato renascentista que entorpece e enlouquece expectadores.
Epidermes pálidas ,bocas que sussurram e transportam ao delírio real, cachos cor sangue, corpo pecaminoso, olhar que penetra e dilacera suas vísceras, o medo excita, o gemido corrói.
Como a culpa és minha sombra, meu caminhar tremulo se mistura ao barulho dos becos sombrios, minhas perturbações em conúbio com meus desejos mais sacanas, és doce és pueril e todo pudor em segundos caiu.
Começo despir não só da fina seda mas da mascara e véu costuradas com linho nobre e botões puritanos.
O toque do imoral queima ,enlouquece , mergulha- te em um êxtase paranoico que se misturam ao som de cânticos gregorianos, entrego-me ao pecado original, bebo o cálice da luxúria e me embriago todas as sextas-feiras á meia noite.