Marcas do tempo

De frente ao espelho

percebo as marcas do tempo

meus defeitos ainda abertos

salienta minha dor

Não tenho para onde ir

a vida é aqui agora

não adianta fugir

não posso voltar atrás

As feridas ainda sangram

a dor que nunca foi esquecida

por dentro ainda aquecida

pelos venenos diário da vida

Me vejo caída

no chão estendida

pulso retalhado

me livrando da solidão