QUANDO EU MORRER... (ELEGIA)
Pedra – PE, 19 de novembro de 2000.
Quando eu morrer não quero
Na minha sepultura querida.
Nem agonia, nem tristeza
Por minha célere partida.
Quando eu morrer não quero
Ouvir o triste pranto.
Tristeza quero distância
Que me causaria espanto.
Quando eu morrer, por enquanto
Quero uma festa bem animada
Porque deste mundo vão
Não posso levar mais nada.
Quando eu morrer sossegado
Na sepultura não quero
Ninguém triste ao meu lado
Choros, velas, desespero.
Repito quando eu morrer
Não quero na sepultura
Lamentos de padecer
Pra eu não ter amargura.
Somente uma brandura
Na lápide é permitida
E uma grande formosura
Na minha triste partida.