NOTURNA

Roupas esquecidas

Velhas e antigas

Coloridas

Enganam a vítima

Coberta do trágico

Rufam os tambores

De todo "mundo" básico

Que mente uma noite

Ela se interessa

Pela noite

A noite precisa dela

Ela sente a noite

Vinda como mãe

Das sombras

As sujas ratazanas

Dos becos

O aroma do sujeito

Parado fumando

Um cigarro

Embrulhado

Cadáveres vivos

Parecem pintados

Precisam da noite

Não visitam a noite

Pra morrer de dia

Nas agonias

Disfarçadas de via

Óculos escuros

P’ras vistas

Cansadas de vida.