A SALA

Não é a sala que chora,

Nem essas paredes rotas

Mesmo o esquecimento

Pode ser de "eus" agora

Faltam sentidos e nexos,

ânima e movimento

Ar viciado parado

Linhas tão soltas sem textos

Os nexos fogem da vida

Esta escapa como pó

O legado da morbidez

Coisas, canto, sala, perdida

Ceifam vidas em instantes.

Não toca o silêncio

Encardidos de um tempo

Surrados batidos e amargos

Cantam tristes e medonhos

Os medo da morte (tolhem)

Os mistérios da sorte

(sofrem) e matam os sonhos

Jonnêz P. Bezerra.