Quando Morri ( pela 2ª vez )

Os pulmões buscam o ar mas não respiro

Meus olhos buscam luz, mas vêem escuridão

O vento corta meu rosto com seu sopro frio

Já não bate no peito o coração

O calor se perdeu em minhas veias

A terra conforta meu corpo ferido

Lá vem ela de novo colher a ceifa

Da boca so ouço um leve gemido

Das sombras emerge e sinto seu cheiro

Dos olhos escorre a última gota

Pálida ela me encara em seu manto negro

Um sorrisso sinistro brota em sua boca

Tombaste outra ver por amor ela diz

Em silêncio confirmo que eu pereci

Por sentir-me de novo assim infeliz

Outra vez do paraiso me perdi

Levanta a foice e num golpe não mais

Sinto o sopro da vida que me alimentou

E a vida em meu peito ali se desfaz

E olhos gelados é só o que restou