MANHÃ
O verão não me conhece mais
Pois estou de luto
Pelas flores que cairão na primavera
Chegar tão perto das estrelas
Torna tudo tão infinito
Quanto as árvores
Pois ele ainda flutua calmo no céu
Estou sentindo a grama em pés
É como se nada estivesse ruim
As estrelas estão a um toque apenas
No moinho de vento
Apenas a tristeza é impossível
O anoitecer parece tão misterioso
Eu me considero um ser calmo e paciente
O verão ainda não me conhece
Pois só eu sei
Que o amanhã ainda não chegou
Tudo se torna tão único
É nessa hora que percebemos
O quão imperfeitos nos tornamos
Pois ainda temos medo do amanhecer
Ainda temos medo do fim
O verão ainda não me conhece
Pois estou em um moinho de vento voando
Em direção ao horizonte
Pois dessa vez espero que a manhã
Seja tão unica quanto o céu azul e estrelado