No escuro da noite

Termino guardando dentro da minha alma,

O calor remoto da sombra da escuridão do inferno,

Sinto o ódio me tomar,

Vejo a chama da vela se apagar,

E isso e agita completamente por dentro,

E no escuro da noite eu acordei,

Com medo vaguei,

Ferida chorei,

No escuro da noite eu gritei,

Te chamei,

Da imperfeição escapei,

E apavorada no fogo eu cai,

Solitária e infeliz eu vivi,

E no escuro da noite, o ouvirá,

Tu o verá,

E olhando o céu no meio da noite,

A maldição chegará,

Você á verá,

O mal é real,

E no escuro da noite,

O pânico te tomará,

Te chamará,

E simplesmente você irá,

Pois demônios só se vão quando mestre o chama,

E no escuro da noite eu o senti

Eu o quis.

Eu o agarrei,

O abracei,

No escuro da noite eu me entreguei,

Eu sangrei,

E do escuro da noite eu tentei fugir,

Me perdi,

Com medo eu corri,

E no escuro da noite ele me agarrou,

Me atormentou,

Me matou,

E no escuro da noite ,

Eu vaguei,

Atormentei,

Assombrei,

Me vinguei,

E no escuro da noite,

Eu o arrastei,

O esmaguei,

O matei,

E no escuro desta noite,

Irei te buscar,

Irei te matar,

E no escuro da noite,

Para mim tu virás,

Demônios só vem quando o mestre o chama,

Então venha,

O mestre agora sou eu,

E o meu demônio agora é você.

Marília Moura