Sua morte, minha agonia...

Em meio a escuridão meu coração é como flores queimadas que ardem no semblante sem esperança... Solidão, confissões mórbidas não reveladas, corvos e asas negras por todos os lados. Sou apenas um reflexo de tudo o que já passei e sofri...

Acordo do passado, porque os sonhos me empurram para as lembranças. O corpo e a alma sem lápide, amor de luto, o vermelho rubro...

Minhas mãos não podem te tocar. Teus lábios traiçoeiros não posso mais sentir...

Tudo se torna mais bonito quando estou com os olhos fechados.

Na madrugada lamento a morte, um sofrimento sórdido. Vê-se o pranto em uma face pálida, a dor trucida e inferniza minha alma, uma chama obscura me castiga, talvez eu esteja pagando pelos meus pecados, mas quem poderia me julgar? Provavelmente não há algum ser mortal ou sobrenatural com tamanho poder...

Então afaste de mim esse cálice amargo, pois pelo vale da sombra e da morte não quero passar, já que sozinha estou e muito mal eu temo, por que ninguém mais é comigo, o cajado e o bordão que me confortavam era você e com essa dor infinita eu hei de padecer!

Spectatore
Enviado por Spectatore em 13/01/2014
Reeditado em 13/07/2014
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