Sem você... Nada sou!
(Christinny Olivier)
Sem você, vagueio perdida no tempo... Padeço no inverno
Do medo contaminante, ameaçador, letal e obscuro!
Meus pés desbravam a acidez de um solo amargo, no escuro
Vil! No oco do mundo... Onde vibra a cruel garganta do inferno
No gargarejo da morte que me expulsa de seus braços,
Rejeita-me e rende mil aplausos ao mal aterrador
Que me percorre as veias, me seca a saliva, com a dor
Que veste meu corpo débil e mirrado; compondo traços
Sombrios em meu desespero, nesta tétrica solidão.
Minh'alma agoniza em pranto silente, o caos da escuridão
Que assombra meus pensamentos, devora minhas vísceras...
Mastiga meu coração e açoita-me em torturas severas!
Sem teu amor sou o nada, esquecido na escassez do nada
Existencial, até a chama da vida ser apagada.