Quando a Morte Rouba o Sonho
Jorge Linhaça
 
A luz dos palcos, os flashs da fama
Busca incessante da celebridade
Legiões de fãs, o gosto da grana
Logo se inflama no peito a vaidade
 
Quem busca os louros já logo se engana
Pois a mentira esconde a verdade
Cobra-se o preço a vida se enlama
E a solidão suplanta o alarde
 
Grande é a queda do alto edifício
quando a fama por fim esmaece
Vão-se os amigos e fica o suplício
 
E a verdade por fim aparece
Perdeu-se a alma em mil artifícios
Perece o corpo, só resta uma prece
 
Salvador, 13 de fevereiro de 2012