CIVILIZAÇÃO
Que bela civilização!
Vejam que belos mares “poluídos”
E aquele magnífico rio que deságua no mar,
“Que nem peixes existem mais”
Oh, virtuosa civilização!
Casas, apartamentos, mansões...
Casebres, botoeira, cabana, latrina...
Choupana, choça, palhoça...
Pobretões a morrer de fome, miséria e cólera.
A mata exala sua fotossíntese...
Ops se existisse florestas!
Os animais exploram o acasalamento...
Não, não, não... Não é engano não,
É a união da pele humana e os casacos de pele.
Que civilização é esta afinal?
Quem foi que disse que há ordem e progresso?
Enquanto nos passam a rasteira
Pelos magníficos ladrões do Congresso!
Cada dia eu levo um tiro,
Ainda bem que “blindei” todo o meu corpo
Exceto o meu “falo”, tenho que fazer amor ainda
E, se ele estiver blindado não vai ter o mesmo efeito.
Porem, a nossa sexóloga ministra do turismo
Diz orgasticamente: “Relaxa e goza!”.
Que civilização é esta?
Caos na terra, na água e no ar.
A zona corre solta no congresso
“Mas eu não sabia de nada!”.
“Deixa a justiça trabalhar!”.
“Mesmo que o meu tenha culpa,
Coisa que eu duvido, deixe a justiça trabalhar,
Afinal, existe ordem e progresso
E justiça tarda, mas não falha...
Se falhar, a gente dar um atestado médico...
Um ano de licença, quem sabe dois ou três anos”.
Se o problema de falha da justiça falhar e for maior,
A gente dá um viagra para “relaxar e gozar!”.
Por isto eu digo, afirmo, confirmo e reafirmo:
“A justiça tarda, mas não falha!”.
Bem que eu queria acreditar nisto.
Se eu fosse filho ou irmão do presidente da Republica
Eu não tinha medo de acreditar nesta mentira.
Eu não sou ministro, não sou magnata,
Eu não sou deputado, governador ou senador,
Tampouco sou vereador ou prefeito,
Muito menos um Lulinha ou Vavá da Silva
Vá, vá, vá tomar banho moleque e trombadinha...
Eu sou é um Zé-Ninguém.
Eu sou um Zé-Trouxa, Zé-Mané, Zé-Ruela.
Em outras palavras eu sou o Zé-Brasileiro de sempre,
Que vive da cota de negros e índios nas universidades;
Que se alimenta de uma mesada federal de duas cadeiras na cabeça
Que enfrenta na fila do SUS e INSS
Com aquele sorriso amarelo onde se falta dois dentes.
Mãos pocadas do trabalho,
Pés de calos por ser um andarilho,
Batendo de casa em casa a mendigar o pão.
Não! Não é para mim,
Mendigo o pão para os meus quinze filhos
Que trabalham e estudam,
Apesar de que estudar é uma miséria a mais.
Chega a me envergonhar a educação deste meu Brasil!
Já dizia Cristóvão Colombo... Ou foi Castro Alves?
Ou foi aquele tal de Tiradentes
Que disse “INDEPENDÊNCIA ou MORTE?”.
Eu aprendi na escola, mas não me lembro bem,
Quem foi que disse esta frase? Ah, sim, lembrei...
Quem disse foi o Jô Soares em 1.500
Diante do velho Xico, o rio São Francisco...
Nossa Zé-Mané; você percebeu Zé-Trouxa?
Diga aí Zé-Ruela; você não acha Zé-Ninguém...
Que sou inteligente pra caramba?
Vou aproveitar a minha inteligência
E comprar um diploma no boteco da esquina!
O Brasil precisa de um cara como eu.
O Zé-Brasileiro para presidente dos Estados Unidos!
“Está aí... Gostei... Já vejo até nas manchetes!”.
***by: Jonatas Alberto
***Pseudonimo: John Peter Parker / John Lion