Mulher Zungueira
Sai de casa sem roteiro
e passa o dia a caminhar,
mesmo a estrada sendo quente
ela não pode recuar.
Na cabeça vai o peso
e no cesto o seu trabalho,
dá garganta sai o grito
que é o seu recado.
Anda pra frente
sem olhar pra trás
grita e não perde a fala,
vai ao encontro do cliente
e não acrescenta nada.
O seu sorriso é inocente
e no coração não tem magoa,
negocea com toda a gente
e faz descontos pela cara.
Seu filho é dependente
e anda amarrado as costas,
chora mais logo se cala
porque a mãe lhe ampara.
O sol vai dizendo
até onde pode chegar,
e a lua aparecendo
mesmo cansada
ainda faz o jantar.
Zungueira é a mulher que busca
o seu sustento, como vendedora
ambulante em Angola.
Sai de casa sem roteiro
e passa o dia a caminhar,
mesmo a estrada sendo quente
ela não pode recuar.
Na cabeça vai o peso
e no cesto o seu trabalho,
dá garganta sai o grito
que é o seu recado.
Anda pra frente
sem olhar pra trás
grita e não perde a fala,
vai ao encontro do cliente
e não acrescenta nada.
O seu sorriso é inocente
e no coração não tem magoa,
negocea com toda a gente
e faz descontos pela cara.
Seu filho é dependente
e anda amarrado as costas,
chora mais logo se cala
porque a mãe lhe ampara.
O sol vai dizendo
até onde pode chegar,
e a lua aparecendo
mesmo cansada
ainda faz o jantar.
Zungueira é a mulher que busca
o seu sustento, como vendedora
ambulante em Angola.