ÁGUA

Eu vivia em abundância e pureza;

aos poucos, você me matou.

A cada dia que passa; aumenta

a sua ausência em relação ao meu valor.

Deus me deu a liberdade

e você me bloqueou.

Para gerar energia,

muitos rios você secou.

Os antigos hoje choram

nas margens do Rio Tietê.

Bando de homicídas!

Agora não sabem o que fazer.

Eu estou acabando

e você irá lembrar de mim.

Não terá êxito em poços artesianos,

porque na minha vida deu um fim.