Poeta enlouquecido

Mel doce amor

Doce veneno

Doce elo

De um contento

Vivo o mundo

Num momento

Vivo e aparento

Olha e me esquento

Com as coisas do mundo

Sem nenhum amor

Atento as pessoas

Vejo as canoas

Atravessarem os rios

Você os gritos

Dos meninos amarelo lá do rio

Você doce criança

De um momento da pança

Da fome de uma criança

Olha os olhos

De um desnutrido

De cultura e sabedoria

Olho o dia

Que anoitece sem mínimo pretexto

De texto incompleto

De poeta enlouquecido

Sou eu o castelo

A casa

O casebre

Sou a lebre

Sou eu