ANTRO SOCIAL

Instiga-me o inusitado

Tudo o que fuja da rotina

O que enlouquece e desatina

E nunca seja fato consumado

Irrita-me o ser superficial

Pois sua moral contamina

A hipocrisia que nunca termina

Pois a mediocridade é germinal

Alegra-me o ser o que se é

Pois só se é o que se tem a ser

O ser que não se confunde com o ter

Nem troca a mão pelo pé

Enerva-me a podre promiscuidade

O sexo pelo sexo e doentes proxenetas

E as crianças reféns desses futuristas

Que tem no antro social acuidade

Enoja-me essa moderna sociedade

Que do supérfluo tornou-se escrava

Do próprio olho não vê a trava

E só alimenta a criminalidade

LEILSON LEÃO

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 16/05/2008
Código do texto: T992346