Brasil, brasil...
Brasil brasil, são todos uma escória na governança
Nunca gerem direito essa droga de palácio
Parecem até um bando de crianças que,
Sabem que é feio, mas fazem assim mesmo.
Que rebeldia!
Quando falo desse brasil, não é o Brasil do futebol,
Com suas paisagens mil, ou sua beleza monumental.
Nem de seus poetas pensadores, ou de sua excelência musical.
Falo de um brasil enfermo, em sua mente de Capital
Prometidas nos comícios.
Brasil que não se importa, com o menino sujo e imundo
viciado na cola, ou do porque ele não estar na escola.
"Esse senhor que pede esmola,
não tem Título de Eleitor?
Precisamos providenciar um para ele!"
Falo de um brasil sem vergonha, que tira da saúde
Para gastar na abastança, sem moral e sem ética
Nunca vejo nada passar pela balança
Falo de um brasil que só faz lambança
Que dá cartão pra quem quer gastar
Mas não faz creche pra criança
Que fica sozinha em casa, amarrada
Enquanto o pai ta na fila do MUDES
E a mãe no CEASA, dos restos tem esperança
Pra compensar o dia de fome, fazer uma janta
Buscando as sobras que serão sua abonança
Com os restos dessa hipocrisia vergonhosa
Que se tornou nossa Pátria Amada.
Nada disso pode ser ouvido do Ipiranga
Nas margens desses mares de injustiças
Desse povo heroico que ainda sobrevive
Mesmo que seu brado não signifique nada.
Brasil, brasil, mostra tua fuça,
Tem muita gente querendo te encher de bofetada
Muita gente que está mais que cansada
De caminhar muito e não chegar a nada