DEMOS
DEMOS
É preciso saber que o povo não é mais o mesmo.
É evoluído; pós-moderno.
Acabou aquele tempo de baixar a cabeça,
concordar com eles,
de dar o braço a torcer,
virar o lado da face e deixar bater.
Ele não quer o velho videogame:
espionagem de CIA X KGB.
Teclar os dígitos pra ver:
quem vai ganhar, quem vai perder.
Democracia – conquista do povo,
conquista da paz.
Não há golpe que a derrube.
Seja de centro, esquerda, direita.
Gobachev, Ho-chi-min, Churchil.
A massa é quem dita a regra.
Exige o equilíbrio social.
Sai à rua, vai à praça.
Praça Vermelha;
Praça da República;
Praça Celestial.
Ela não teme às pressões de tiranos,
nem os avanços blindados.
As ameaças são puro vexame.
O povo é como abelha – enxame.
Um zunir que sufoca.
E o que importa é ser livre.
A pátria – colméia.
Liberdade – seu mel.