TRILOGIA: Sua majestade à Merda!
TRILOGIA: Sua majestade à Merda!
Marcelo ShytaraLira
Série: POEMAS ESCRACHADOS.
I
Não dá pra escrever nesta merda
O PlanalTo usurpou todo o espaço
Delimitando a merda de meu espaço
Neste soneto fecal gatafunharei...
O excremento aqui em ênfase
É a merda do Prole(o)Tário sem rima
Vota nos gatunos por menosprezar-se
Logo-“o” todo sujo está PronTo a quê?
A falar da merda coletiva alheia
A jogar a própria fétida merda
No Rei de merda que reina Para Todas...
E a merda que corre nas veias
Para o cérebro oxigenar apenas?
__Sim! Pra algo mais valeria a pena?
II
Nunca terá nas mãos o rico veio da mina
Enquanto se fizer vassalo o pequeno Prole(o)tário
Portanto sobra-lhe a parte da carroça onde termina
Para empurrar nos trilhos a riqueza do majoritário
“Foi é e será cada vez menor a merda do espaço
Para quem se mantém nos trilhos da inércia”
Pois assim foi moldado o Prole(o)tário em sua covardia
A realizar trabalho árduo e nunca se armar do aço
Ora se nas urnas já não lavaram “quércia”
De físico a político em movimento uniforme que varia
Fez riqueza relâmpago num raio PI
Em progressão geométrica predadora que vi
Todo trabalho realizado foi subir ao palanque
Como bom orador iludiu José e a dona do tanque
III
Outrora profetizou John Kennedy Galbraith
Mas a casta hereditária que se diz superior o congelou
Mantendo no poder a supremacia “white”
Ricos e Prole(o)tários indigentes “ela” gerou
Karl Marx o “deus” do Prole(o)tário revolucionou:
"De cada um, de acordo com a sua capacidade;
A cada um, de acordo com as suas necessidades".
Porém o mais violento Tyrannosaurus rex o mastigou
Restou ao mundo os anti-heróis da história
Macacos fardados asseguram-lhe a preeminência
Logo o coeficiente de inclinação da tristeza maioritária
Terá seu fim quando o soma de Huxley perder a carestia
De outro modo nunca será feliz o Prole(o)tário
Enquanto ele de sua inópia remuneração for tributário