Na pele da favela

Na cidade de grandes monumentos

Se muquiam comunidades dos sofrimentos

Onde se mata pra viver,

Onde se morre por viver,

Moleques brincando com revólver

O que a vida os dá,eles devolvem

Ninguém os impedem

Até se divertem

Ao ver o sangue do seu descendente

Escorrer no escadão como detergente

Só quem é favelado

Sabe o que é ser descriminado

Na cor

Na dor

Sem amor

Na posição social

Abobinação total

Nas famílias reinam a ignorância

Desetruturadas,desandam suas crianças

O que rege nossa pátria

É a falsa posição democrática

Cadê a igualdade social?

Capitalismo reina o desigual

Enquanto os porcos

Estão rechonchudos e fartos

Pequenos de fome ficam tortos

E meninas trazem á óbto seus partos

De que vale as propagandas políticas

Se o que falam são anedotas,nada verídicas?

E é assim que segue o rumo

Uns nascem,outros vão para o túmulo

Nas ruas,nas vielas,nos becos

Nas calçadas,nos morros,nos guetos

E luz na passarela

Os ladrões visitam a favela

Dizem mil e uma promessas

E quais se concretizam dessas?

Quase nenhuma delas

Pelo menos não por inteiras

Anunciam até em faixa amarela

É falsas palavras,das últimas às primeiras

Doutrinados pela televisão

Seqüelados,ficam sem noção

E votam outra vez

No maldito burguês

Agora virou moda presidente pião

O povo se indentifica,vai pelo coração

Se esquecem do lobo na pele do cordeiro

Se esquecem que quem se fode,são eles primeiro!

Ligia Albarracin
Enviado por Ligia Albarracin em 25/04/2008
Código do texto: T960916
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