Na pele da favela
Na cidade de grandes monumentos
Se muquiam comunidades dos sofrimentos
Onde se mata pra viver,
Onde se morre por viver,
Moleques brincando com revólver
O que a vida os dá,eles devolvem
Ninguém os impedem
Até se divertem
Ao ver o sangue do seu descendente
Escorrer no escadão como detergente
Só quem é favelado
Sabe o que é ser descriminado
Na cor
Na dor
Sem amor
Na posição social
Abobinação total
Nas famílias reinam a ignorância
Desetruturadas,desandam suas crianças
O que rege nossa pátria
É a falsa posição democrática
Cadê a igualdade social?
Capitalismo reina o desigual
Enquanto os porcos
Estão rechonchudos e fartos
Pequenos de fome ficam tortos
E meninas trazem á óbto seus partos
De que vale as propagandas políticas
Se o que falam são anedotas,nada verídicas?
E é assim que segue o rumo
Uns nascem,outros vão para o túmulo
Nas ruas,nas vielas,nos becos
Nas calçadas,nos morros,nos guetos
E luz na passarela
Os ladrões visitam a favela
Dizem mil e uma promessas
E quais se concretizam dessas?
Quase nenhuma delas
Pelo menos não por inteiras
Anunciam até em faixa amarela
É falsas palavras,das últimas às primeiras
Doutrinados pela televisão
Seqüelados,ficam sem noção
E votam outra vez
No maldito burguês
Agora virou moda presidente pião
O povo se indentifica,vai pelo coração
Se esquecem do lobo na pele do cordeiro
Se esquecem que quem se fode,são eles primeiro!