SUBMUNDO

Submundo desumano

Fedido, desassistido...

Casebres empilhados

Povo sujo subnutrido.

Vielas sinuosas

Com esgotos a céu aberto

Miséria se ver em todo lado

Gente sem atenção, decerto.

Como pode um ser político

Que se diz ser humano

Deixar isso acontecer

Matando seus sonhos e planos.

Crianças descalças correndo

Em meio a podridão

Barrigas salientes

Contraiu-se meu coração.

E assim a vida passa

Aqui não tem passarela

Tem vida muito sofrida

Moradores de favela.

Nas condições em que vivem

Será que acham normal...

A sociedade os marginalizam

Mas reclama do marginal.

Queridos recantistas, fomos fazer uma campanha contra a dengue numa favela, em minha cidade, e fiquei indignada com o que vi. Estou triste com aquela realidade. Uma coisa é você saber que existe, outra, é sentir na pele a real.