Sob um mundo vazio
Sob um mundo vazio
Quem ganhou a guerra
Que não teve vencedores?
Estrelas caíram sobre a terra
Aberrações nasceram de suas sementes
Ilusões tornaram-se vivas
Reis opressores de insetos estéreis e débeis.
Quem poderá salvar o Salvador
Quando a hora chegar?
Atire o lixo pela janela
Descubra a civilização
Revele o monstro que dorme
Confortável em sua casa
Sangre sem piedade a inocência
Sirva pequenos pedaços em sua mesa
Anexados a sua própria essência.
Haverá uma noite de mil anos
Acontece agora o entardecer
Sinais ignorados por intelectuais bastardos
Preocupados apenas com suas reservas de palavras.
Conceitos bonitos não irão ajudar
A acordar da dormência
Aqueles que dormem sob o sol da meia-noite
Rubro e gris
Como a própria semente
Como a própria ilusão pessoal indigente.
A sensibilidade extingue-se aos poucos
Pouco a pouco os nervos param de sentir
A pintura ganha tons cada vez mais cinzas
Distinções, limitações, emoções, contradições
Não existe beleza na igualdade forçada
Existência nula, negra, nefasta
Celebrada em lamentos soturnos.
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