RIO ITAPECURU - A MORTE DE UM RIO
Desce ordeiro e já sem forças,
Sem correntezas nas margens,
Chora o Rio Itapecuru com as dragas,
Exterminando os dias bem contados.
Bombas centrífugas remexem sem dó,
O fundo do rio que vai se aprofundando,
Removendo grandes lençóis de areias finas,
É a cupidez retalhando e o rio lastimando.
Secretarias de meio ambientes, às escoras,
Mudam o leito do rio e jazem redemoinhos,
Transformando montanhas de lindas areias,
Alterando o seu espaço com o ouro branco.
Licenças penduradas no simples galpão,
Dão crédito ao serviço contínuo e lambão,
Sofrendo o rio, desce calado em Caxias,
Na terceira e grande cidade do Maranhão.
Bombas centrífugas remexem sem dó,
É a draga com os malefícios nas beiras,
Não há multas e muito menos lacres,
Da maior covardia contra um pobre rio,
Que não aspira mais o desenvolvimento.
Recursos naturais ofertados pela vida,
Dragueiros do meu grande Rio Itapecuru,
São lobos descalços fazendo fortunas,
Desgraçando quem lhes dá de beber,
Ó que vida errante! Ó que impetuosidade marcante!
Não há mais peixes como dantes o surubim,
Homens constroem casas em suas laterais,
Mostrando a verdadeira degradação ambiental,
Empresários do nada, Insanos mergulhadores,
Perfuram barrancos e puxam com estupidez,
Transformando na maior parafernália o meu rio.
Do fundo do meu Rio Itapecuru, dói, dói demais!
O “chupim” tudo destrói, é o devorador que chupa tudo,
Com a força motriz da alegria dos dragueiros,
Trazem areias, mais areias por um minguado de dinheiro.
Novos e mais noviços empreendedores arriscam,
Maiúsculo negócio que é totalmente de graça,
Quanto mais draga no rio, o lucro chega rápido,
É a corrupção ambiental que ninguém os ver,
Há liberdade de pleno e concedido trabalho,
Sem Polícia Militar ambiental é uma desgraça.
Muito menos alguém do poder que grite,
“Deixem pelo menos o Rio Itapecuru em paz”
São agentes criminosos sem punição,
Na destruição do maior rio do Maranhão.
Fostes importante quando gerava progresso,
Em tuas águas já navegou até presidentes,
Um rio que sempre fez muitas histórias,
Único que corta o coração do Maranhão.
Ó Caxias do Maranhão! Ó caxienses!
Não, não sejais tão ingratos ao vosso rio,
As tuas abençoadas casas são abastecidas desse rio,
Quando ele morrer de onde vais beber?
É ele o rio da Princesa do Sertão Maranhense,
Pranteia com os dias bem contados e acertados,
Virando pra sempre uma canção dos poluidores,
Desbravadores que semeiam a exterminação.
Se existe Caxias, é porque tem o Rio Itapecuru,
Com seus afluentes, riachos e regatos,
Todos descem para lá, lá...
Mansamente, o rio vai desaguar no mar.
Ainda dizem que as dragas andam com o progresso,
Fazendo parte e contribuindo com o ecossistema,
Ó dragueiros vão trabalhar no Rio Parnaíba!
Deixem o minguado rio Itapecuru lastimar!
Nesta insana e tão pequenina poesia.
Ó Rio Itapecuru! A tua sorte será quando houver enchentes,
Levantas agora! E chamas os teus afluentes e riachos,
Transbordas o teu lamento em imensas cheias,
Mostra-te que és um verdadeiro rio caudaloso,
Tu! Deverá engolir tudo o que estiver em tuas margens.
Faça-os em tuas águas o teu brioso império!
Levando para o fundo as grandes dragas,
Mostrando ao teu povo quem é o Rio Itapecuru,
Quebrando tudo pela frente e inundando casas e gente.
Já não bastam os milhares de tantas poluições,
Dos lixos, esgotos domésticos e industriais.
Areeiros! Saem do meu Rio Itapecuru!
Peço-lhes que saem do meu Rio Itapecuru!
Se não saíres logo, logo, verás com os teus olhos,
Que o meu Rio Itapecuru é capaz,
Vou suplicar nas suas margens lagrimosas,
Antes a fúria de suas águas do que a morte de um rio.
Desce ordeiro e já sem forças,
Sem correntezas nas margens,
Chora o Rio Itapecuru com as dragas,
Exterminando os dias bem contados.
Bombas centrífugas remexem sem dó,
O fundo do rio que vai se aprofundando,
Removendo grandes lençóis de areias finas,
É a cupidez retalhando e o rio lastimando.
Secretarias de meio ambientes, às escoras,
Mudam o leito do rio e jazem redemoinhos,
Transformando montanhas de lindas areias,
Alterando o seu espaço com o ouro branco.
Licenças penduradas no simples galpão,
Dão crédito ao serviço contínuo e lambão,
Sofrendo o rio, desce calado em Caxias,
Na terceira e grande cidade do Maranhão.
Bombas centrífugas remexem sem dó,
É a draga com os malefícios nas beiras,
Não há multas e muito menos lacres,
Da maior covardia contra um pobre rio,
Que não aspira mais o desenvolvimento.
Recursos naturais ofertados pela vida,
Dragueiros do meu grande Rio Itapecuru,
São lobos descalços fazendo fortunas,
Desgraçando quem lhes dá de beber,
Ó que vida errante! Ó que impetuosidade marcante!
Não há mais peixes como dantes o surubim,
Homens constroem casas em suas laterais,
Mostrando a verdadeira degradação ambiental,
Empresários do nada, Insanos mergulhadores,
Perfuram barrancos e puxam com estupidez,
Transformando na maior parafernália o meu rio.
Do fundo do meu Rio Itapecuru, dói, dói demais!
O “chupim” tudo destrói, é o devorador que chupa tudo,
Com a força motriz da alegria dos dragueiros,
Trazem areias, mais areias por um minguado de dinheiro.
Novos e mais noviços empreendedores arriscam,
Maiúsculo negócio que é totalmente de graça,
Quanto mais draga no rio, o lucro chega rápido,
É a corrupção ambiental que ninguém os ver,
Há liberdade de pleno e concedido trabalho,
Sem Polícia Militar ambiental é uma desgraça.
Muito menos alguém do poder que grite,
“Deixem pelo menos o Rio Itapecuru em paz”
São agentes criminosos sem punição,
Na destruição do maior rio do Maranhão.
Fostes importante quando gerava progresso,
Em tuas águas já navegou até presidentes,
Um rio que sempre fez muitas histórias,
Único que corta o coração do Maranhão.
Ó Caxias do Maranhão! Ó caxienses!
Não, não sejais tão ingratos ao vosso rio,
As tuas abençoadas casas são abastecidas desse rio,
Quando ele morrer de onde vais beber?
É ele o rio da Princesa do Sertão Maranhense,
Pranteia com os dias bem contados e acertados,
Virando pra sempre uma canção dos poluidores,
Desbravadores que semeiam a exterminação.
Se existe Caxias, é porque tem o Rio Itapecuru,
Com seus afluentes, riachos e regatos,
Todos descem para lá, lá...
Mansamente, o rio vai desaguar no mar.
Ainda dizem que as dragas andam com o progresso,
Fazendo parte e contribuindo com o ecossistema,
Ó dragueiros vão trabalhar no Rio Parnaíba!
Deixem o minguado rio Itapecuru lastimar!
Nesta insana e tão pequenina poesia.
Ó Rio Itapecuru! A tua sorte será quando houver enchentes,
Levantas agora! E chamas os teus afluentes e riachos,
Transbordas o teu lamento em imensas cheias,
Mostra-te que és um verdadeiro rio caudaloso,
Tu! Deverá engolir tudo o que estiver em tuas margens.
Faça-os em tuas águas o teu brioso império!
Levando para o fundo as grandes dragas,
Mostrando ao teu povo quem é o Rio Itapecuru,
Quebrando tudo pela frente e inundando casas e gente.
Já não bastam os milhares de tantas poluições,
Dos lixos, esgotos domésticos e industriais.
Areeiros! Saem do meu Rio Itapecuru!
Peço-lhes que saem do meu Rio Itapecuru!
Se não saíres logo, logo, verás com os teus olhos,
Que o meu Rio Itapecuru é capaz,
Vou suplicar nas suas margens lagrimosas,
Antes a fúria de suas águas do que a morte de um rio.