Introdutório
Corre em mim o sangue dos deuses
das donzelas, a ambição da plebe
dos verdadeiros reis e a felicidade.
Sou já o instrumento protetor das peles,
e não só o animal ferido de outrora
ignorado dentro de sua razão reles,
mas o digno porvir da nova aurora.
Sou, sou tudo, sou o nada, sou a massa
ignara de excitantes membros posto afora,
na luz fulgurante do extasiante mundo
feito em carne especialmente para mim.
Único animal que quando nasce chora
sou agora ser-humano único e sereno,
nas graças de Gaia virando querubim.