BRASILEIRO

Mestiço, sangue mulato

Pálido, raquítico

Tem fome de esperança

Mora num pequeno casebre

Gera uma dúzia de filhos

Seus bens móveis

Nas esquinas do Brasil...

Uns são verdes

Outros bem amarelinhos

Saudáveis até onde a dengue permite

É João Brasileirinho

Todos muito patriotas

Aprenderam a falar

Pedindo uns trocados pro moço...

Quando têm sede

Cadê o leite?

Bebem suas águas poluídas...

Eu nem quero falar de mim

Ou até mesmo dos meus

Se quiser saber seu moço

Sou igualzinho a você

E os seus iguais aos meus

Nesta pátria onde Deus

Antigamente, muito antigamente

Se dizia brasileiro...

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 22/03/2008
Reeditado em 22/03/2008
Código do texto: T911614
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