ESPÁRTACO
Arena fria, pedra nua,
sangue a fio esparrama
leito da espada crua,
exangue na lama-vida.
Inflama liberdade insana
flâmula desfraldada n’alma
impele cataclismo da ordem
ferve líquido estado humano.
Turba arquejada em eterna noite
açoites salário da servidão
ouvem o brado ressoar em motim
romper os grilhões da escravidão.
Cavalga a morte tirana
liberdade chama conseqüente
sangue, heroísmo, caminho aberto
filhos da manhã, passos à frente.