RESSURREIÇÃO
Na Praça da Sé
o sem-teto
o sem-família
o sem-rumos
o sem-nada
ouve os cantos
que anunciam
o fim do mundo.
Nas vielas
do seu rosto
valetas se iluminam:
sorriso de dente
a dente
saúda
a ressurreição.
Este poema, presentemente com algumas modificações, aparece no livro ESPELHOS EM FUGA, pela Editora Objetiva, publicação de 1989.