MATADORES DE SONHOS
Os caminhos se alongam
parecem que levam ao infinito
e os passos caminham tristonhos
à beira dos rios
onde outrora navegavam peixes e sonhos...
A água que matava a sede
e limpava o corpo e a alma
hoje mata a vida!
São outras águas
de outras minas
outras Hiroshimas...
O que resta fazer
a não ser chorar
nestes leitos de morte
enlameados
conspurcados,
envenenados
que carregam
o cheiro da podridão,
as falas do descaso
e as mãos do assassino
que flutuam incógnitas
nas mentes de cada um.
Vinhedo, 14 de março de 2008.