“Pão e Rosas” II
“Pão e Rosas” II
mãos que ninam
lavam,acariciam
tecem,espanam
plantam,amassam o pão
do aconchego do lar
à fábrica,às escolas,aos armazéns, aos tribunais...
desdobram-se, reinventa-se , recreiam incansavelmente
são poetas,´poetisas e a própria poesia !
faces que guardam o doce rubor das rosas
a ternura das violetas
o mistério dos lírios
transpiram se necessário como peões...
apesar de
seus parceiros sumirem
por medo,desrespeito
incompreensão
covardia, ou
deixarem-se escravizar pelo desejo de poder...
elas tecem a esperança
apesar das saias justas
desfilam com elegância
altivas guerreiras em prol da vida e
liberdade de expressão
por mais feminino que seja um sujeito
jamais aproximar-se-á da compreensão
das experiências que vive uma mulher
das oscilações hormonais
do calor de um ventre que gera
do coração que espera e espreita
rogo pelo entendimento
e atenção
na quantidade de boa vontade
às vezes exagerada
na humildade
no desprendimento e
na intuição destes seres que ornam, alimentam...
com serena humildade a global aldeia ...
ouçamos a voz das anciãs
das jovens mães
das futuras anfitriãs ...
à nós mulheres igualmente, são importantes
os alimentos para o corpo e espírito
Pão e as Rosas...
ansiamos por reconhecimento de igualdade, fraternidade, estabilidade, beleza,
harmonia, comunhão, dignidade... !
Dianas, Heras, Atenas, Sophias, Salomés, Iaras, Juremas, Evas ... Marias...
Às mulheres ergo um brinde, igualmente aos seus parceiros que as tem em consideração.
afetuosamente virgínia além mar -poeta - março-08
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Dia Internacional da Mulher
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Mulher