À esmo
De repente as opiniões foram julgadas como verdades.
E a guerra fez-se sem motivo algum.
Madame Cashemere falava as coisas sem pensar.
E desde quando pensar importa?
Levanta tuas armas.
Os braços sozinhos não valem a pena.
Violência em todo lugar, em tudo que vejo
Em cada florzinha violeta, em casa riso de bebê
Vivemos em tempos de paz?
Passaram os tempos de guerra?
As pessoas ainda morrem nas ruas
Elas ainda passam fome e mulheres continuam sendo estupradas
A confusão organizada perdeu sua função
Estamos todos jogados ao vento
Somos pessoas à esmo, sem direção
Somos pessoas à esmo e não lhe dou meu coração
Somos assim, sozinhos, um turbilhão
Pessoas à esmo cada mente um furacão
E cada ato um poço calmo.
A minha causa põe a vida dos outros em risco.
Então não é minha causa.
Minha causa seria se apenas minha vida estivesse em jogo
Mas é mais fácil se os dados forem viciados
O que é um punhado de crianças de rua?
Ou meia dúzia de jovens sonhadores?
Quem sabe uma dezena de mães?
Uma multidão de pessoas cospe no prato que comeu
Onde está o "cala a boca"?
Desapareceu.
Mas o gato continua comendo línguas.
O gato não pára meu Deus!