NA PLENITUDE DO SER

Jorra sangue da ferida,
Você insiste em não ver,
Falta amor – falta comida,
Você não tem nada a perder.

Se há miséria incontida,
Você fez por merecer,
Conquistou sua jazida,
Pelos outros nada pode fazer.

Continue a se elevar – alma possuída,
Da infinita potência do ter,
As curvas da vias são indefinidas,
Só Deus sabe o que pode acontecer.

Há tempo ainda – decida;
Não viva só para o seu viver,
O maravilhoso nessa vida,
É sentir-se útil; na plenitude do ser.

Uma esperança perdida,
Pode se encontrar em você.