CRISTAL QUEBRADO





Tudo era belo...
Tudo era bonito...
Mas o cristal puro e maravilhoso
Quebrou-se.
E não sei nada da sua essência!...
A máscara da tua arrogância
Não me deixa ver o osculo nas flores.
Apenas vejo o teu mundo enovelado
Em uma matéria putrefata.

Não há jardim
Nem pétalas de flores
A tua visão de um mundo de extermínio
Enfeitiçou e depositou o belo em urnas desoladas.

Armas em massa
Colares de espadas cortantes
Carregas nos ombros...

Vendando monumentos
Despindo as almas inocentes...

Tens a mente mesquinha
E vives sem nexo
Dirigindo o miserável rosto
Da escuridão.


As aves querem pousar
No teu telhado
Mas tu sem dó nem piedade
Transformas o teu céu em fel
E chumbo.

E no final,
Deixas as pupilas sanguinolentas
Se corromperem no truque dos
Brasões da intolerância.

Tudo (des) belo...
Tudo (des) bonito...

albertaraujo.multiply.com/