Fúria da natureza


Temporais vindos do norte
a brisa tornou-se vento e açoite
cheiro pútrido da morte
um véu sombrio na noite.

Revoar da ave peregrina
perdida em plena escuridão
a tempestade sob a mão divina
se estende pela imensidão.

Calam-se as vozes ufanas
as beatas rezam as Ave-Marias
Risos de embriaguês profanas
Explosão de blasfêmias, heresias.

O rastro da destruição faz história
Danos, choros e tristes lamentos
A natureza em toda sua glória
Faz cessar a fúria dos elementos.

Dolorosa e amarga lição
Para a insana humanidade
Responsável por toda poluição
Duríssimo castigo, realidade.



Balneário Piçarras/SC, fev/2008