Revolta
O sibilo da lâmina na bainha de couro
Qual uma cobra a farejar sua presa
E era a fatal presa adornada em ouro
E era o bote tão ligeiro quanto certeiro
Seria tão verdade que por algum tempo
Um corpo seria um chafariz de sangue
Entre os gritos mais mudos, o vento
Entre os corpos mais mortos, o silêncio
Se fosse o som do couro no metal
Se fosse a cobra, se fosse o veneno
Um simples lampejo imoral
De um crime qualquer por um mal-me-quer
Mas vida que nos mostra seus valores
Povo que age na simples ignorância
Sociedade que se move em rumores
Luta e morte, surra e corte sem qualquer pudores