Réquiem para a terra

Oferto minha vida à terra que sofre

Juro lutar por ela até o fim, sem temor

Reajo à sombra da sua extinção

Que ameaça engolir tudo o que é belo

Teus rios, matas e aves lançadas ao fogo

Por um punhado de ouro, corpos inocentes

Contaminados por mercúrio, a natureza ferida

A golpes profundos, rastro de cobiça e destruição

A alegria e a trizeza se misturam

Em um lamento fúnebre que ecoa pelos tempos

Teu povo pletora, pulsante de vida,

Mas desprezível aos olhos dos opressores

De ardis em ardis, arde em brasis

A dor da perda, a chama da resistência

Ferida exposta como um lembrete da luta que não cessa

Vida que se viva, causa justa

De quem luta por um futuro mais radiante

Onde a liberdade e a igualdade sejam realidade

E a terra seja respeitada e preservada

Forjada no sangue e na peleja

Luta e na dor

Amalgo-me a essa nação

De tantos povos e modos de ser e de estar

Com toda a sua carga de fatalidade

Por um elo de esperança e vontade

De que um dia essa terra se emancipe e se liberte

De um passado que não quer ser superado

Labareda
Enviado por Labareda em 04/04/2025
Reeditado em 04/04/2025
Código do texto: T8301430
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