E se…
E SE...
E se limpássemos a lente por onde enxergamos as coisas, diminuíssemos o ritmo observaríamos muito mais daqui, mais que essas ruas, casas, mas histórias que estão sendo criadas a todo momento, famílias que compartilham sonhos, pessoas que espalham alegria por onde passam, diria até que possuem melodias o som que cada risada produz em conversas soltas e leves preenchendo todo lugar.
E se, fossemos capazes de contemplar a beleza que tem na esperança nascendo em um coração fazendo o olho brilhar, me faz lembrar a visão do fim de tarde do alto do morro, essa esperança que mantém seus espíritos livres dançando com a felicidade que muitas vezes é ocultada pelas batalhas diárias que fragmentam o interior.
As trajetórias unem os traços de cada pincelada formando um quadro retratando experiências vividas que contornam os muros e paredes que cercam a nossa comunidade.
Aqui é onde sonhos nascem, mas também são sufocados no decorrer da caminhada traçada e torna-se apenas uma fantasia rabiscada em um pedaço de papel amassado, uma lembrança esquecida no fundo do bolso.
E se limpássemos a lente e de poesia vestíssemos o dia, agarramos a possiblidade e desenhamos um futuro brilhante, apostamos todas nossas fichas como num jogo, enfrentando o medo de perder podendo ou não vencer, mas pelo simples propósito de viver.