AJUSTE DE CONTAS

AJUSTE DE CONTAS

Paulo Gondim

24/11/2006

Da janela superior

Vejo natureza morta

Apática, fria, exposta

Em pessoas não menos apáticas

Que revivem velhos filmes do passado

E se movem entre promessas vãs

De falsas ideologias

De credos difusos, confusos

Na mística de suas liturgias

E se repetem na mesmice

A cada dia que começa

Sem fins determinados

Não percebem, mas são enganados

Por falsos rabinos, suspeitos

Mas, facilmente, idolatrados

Essa é a grande massa de manobra

Devedores da consciência universal

Em tudo crêem, e nada fazem

E se afundam mais nesse lamaçal

De injustiças, de cobiças, de consumo

Todos esses devem alguma coisa

Não há desconto de pecado

Pagarão o preço justo e dobrado

Pela insensatez, pela mesquinhez

Na justa medida em que serão julgados

Pela vida, que não perdoa conta

Aí, não haverá remédio

Todos, um a um, serão cobrados

Paulo Gondim
Enviado por Paulo Gondim em 23/01/2008
Reeditado em 23/01/2008
Código do texto: T829982
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