
Louca...
Na madrugada,
Chorava a mulher pela rua
Como criança, bem alto ela chorava
Seu lamento me acordou
Levou-me até a janela
Segurava a veste rasgada,
Soluçava a sua dor sob a lua
Num triste momento dela
Aquele pranto comoveu
Incomodou, inquietou...
O vigia apenas olhou
Impassível, observava
a insinuar que nada viu
Pela manhã a indagação
Por que não a acudiu?
A resposta vem com desdém
“Aahh! É louca!
Anda muito por aqui
Eu sempre finjo que não vi"
Perturbou tal negação...
Incomodou, inquietou
Tirou-me a paz
Invisível, um ser passara ali
com uma dor ordinária demais...
Na madrugada,
Chorava a mulher pela rua
Como criança, bem alto ela chorava
Seu lamento me acordou
Levou-me até a janela
Segurava a veste rasgada,
Soluçava a sua dor sob a lua
Num triste momento dela
Aquele pranto comoveu
Incomodou, inquietou...
O vigia apenas olhou
Impassível, observava
a insinuar que nada viu
Pela manhã a indagação
Por que não a acudiu?
A resposta vem com desdém
“Aahh! É louca!
Anda muito por aqui
Eu sempre finjo que não vi"
Perturbou tal negação...
Incomodou, inquietou
Tirou-me a paz
Invisível, um ser passara ali
com uma dor ordinária demais...
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[Fato real - Poema dedicado a todas as mulheres violadas e ignoradas todos os dias]
Imagem gerada por Marise Castro