Produto da Sociedade
Tenho frases clichês. Eu não preciso escrever poemas rebuscados. Meus poemas não precisam ser admirados por nenhum acadêmico que nunca soube o que é ser poeta sem ter dinheiro, contatos e influência, e pai e camiseta na política para ser celebrado. Oh! Meu bem, minha poesia, que se inspira em mim, na vida, em ti, nos meus sentimentos sinceros, não é produto se eu não quiser que seja. No capitalismo, é assim: nada é só por existir, na beleza de existir, apenas. Eu sou um produto se não eu passo fome. Por isso, vou vender nossas histórias para o mundo me ter como referência de onde vim e o que aconteceu comigo, segundo o ato de escrever e lucrar.