Silêncios de Maldade

O preconceito pela cor da pele

Dói,

Fere a identidade.

O preconceito pela cor da pobreza

Corrói,

Rouba a dignidade.

Eu era criança, tinha 11 anos,

Fui estudar na cidade—

Que horror!

Na casa de parentes,

Desconhecidos,

Meu pai, um agricultor.

Na roça, escola não havia,

A enxada tomou o lugar do livro.

Longe, a vida castigava,

A inocência vestia humildade.

As palavras não eram ditas,

Mas os gestos gritavam

Maldade.

Eunice Silva Soares
Enviado por Eunice Silva Soares em 30/03/2025
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