Silêncios de Maldade
O preconceito pela cor da pele
Dói,
Fere a identidade.
O preconceito pela cor da pobreza
Corrói,
Rouba a dignidade.
Eu era criança, tinha 11 anos,
Fui estudar na cidade—
Que horror!
Na casa de parentes,
Desconhecidos,
Meu pai, um agricultor.
Na roça, escola não havia,
A enxada tomou o lugar do livro.
Longe, a vida castigava,
A inocência vestia humildade.
As palavras não eram ditas,
Mas os gestos gritavam
Maldade.