Cesta básica
Caminhar no fio da navalha
Socar com força a parede
Todo dia
A agonia e a poesia de viver
O sonho é distante
E o projeto não pode perecer
Parece uma cruzada
Um labirinto
Uma fornalha
Alguns falam em inflação
Outros sebtem o gosto da inanição
A verdade filosófica e o mistério do cosmos
Contrastando com o fim do mês
Já sou freguês
A prestação atrasada
A feira
A Cesta básica
O preço do cimento
Com fé no firmamento esse deserto finda antes do pagamento
A labuta diária
A exploração sem fim
São dois lados da mesma moeda
Andar no fio da navalha
É melhor do que o mofo da paralisia
Na fábrica dos sonhos alforria não é à aposentadoria
A correria é o próprio caminho
Mesmo que se sinta sozinho
Sem trabalho muitos padecem
E parece que esse ostracismo não têm fim
O jogo das oportunidades
Têm suas cartas marcadas
Tapetes voadores
Volta e meia são puxados
Desconfie constantemente
É sempre bom não depender dessa gente
A honestidade é uma ilha abandonada
Mas é possivel nela habitar
No jogo de cartas marcadas
É melhor não saber entrar