POVO ACÉFALO
Assistimos em todas as esferas, abjetas proteções de familiares
Cargos a parentes que às vezes nem pisam lá os calcanhares
Candidatos que juram se eleito, respeitar a meritocracia
Depois empurram seus sinecuras na maior hipocrisia
A coisa vira descarada que sorriem de possíveis multas
Pior que prostíbulo, lá todos são iguais perante as putas
Debocham da coisa pública, cagando para quem lhe elegeu
Tratando todos de otários sem honrar o mandato que recebeu
E pensa que a cara de pau vai parando por aí?
Basta gastar na eleição que gente babaca vai cair
O resto os bajuladores e pelegos completam tropa
Empurrando na cidade sua tromba hipócrita no toba
Desde quando se elege alguém para seu benefício próprio
Para valorizar parentes vendendo discurso de Pinóquio
Quando for eleito, o povo terá vez e o que acontece?
Descobre a população que só os chegados merece
E quem disse que fora do seu mandato, não interferi?
Até pra ser conselheiro tutelar, parentes se preferi
Sabem usar seu prestigio para o chegado vencer
Não existem limites para seu familiar proteger
Então o nepotismo tem tentáculos descarados
Foi-se o tempo deles serem apenas cruzados
Agora é deliberadamente exposto na tabela
Caindo na folha, salário alto pra sua galera
Interessante apesar disso há um povo passivo
Virou-se um verdadeiro circo de cidadão omisso
Ainda se reelege quem farra nos outros como urso
Muitas pessoas que nem protestam pra ter concurso
Aí essa turma nada de braçadas num povo lerdo
Uma cidade estagnada incapaz de falar credo
Avalistas de espertalhões só os afundando
Aceitando ser tratados como candango