Num presente que nunca existiu
Fruto de um sonho passado
Num presente que nunca existiu
O futuro entes de ser projetado
Com o soprar do vento sumiu
Nada aqui é eterno
Tudo chega ao seu fim
O sapato de couro, o terno
A gravata de puro cetim
Gritam em toda esquina
Ou num banco de catedral
Mergulham numa piscina
Repleta de lamaçal
Ensinam a não guardar dinheiro
Mas formam grande patrimônio
Exploram pobre viúva e estrangeiro
Aliado inimigo ou anônimo
Compram carros bois e fazendas
Sem ser nenhuma compaixão
Daqueles que vivem sem rendas
Mas alimenta esta ostentação
O sangue inocente está clamando
Pedindo justiça esse é o seu clamor
Em alta voz segue bradando
O inocente que você explorou