A dança poética

A Dança Poética

A dança que embala minha alma num piscar de olho,

num gingado fino, de pés firmes ao solo,

mexendo o corpo!

Mexendo o corpo!

Combinando versos e poesias num todo,

canções que arrepiam a alma e causam alvoroço.

Combina o semba e o jazz numa sintonia única,

sensação mais satisfatória e pura,

nem a marimba, nem a cazucuta,

estão à altura;

me possui de tal modo que me tortura,

me alivia com seu ritmo tradicional e nato das ruas.

É nostálgico o envolvimento puro e confidente,

quando a mente transmite tudo ao físico e o corpo sente,

entre a luta do prazer e vaidade, nos passos fixos ao solo

de modo persistente,

numa harmonia constante e presente,

ao que o mal-estar e a tristeza estão ausentes.

Seria eu, falsa, se não embalasse ao som da guitarra

lírica e eloquente,

que só sente quem é sábio e transparente,

que cada passo dado é coerente

e de modo reverente,

exibo à dança e à literatura, juntas numa união diferente.

Ouvindo o tique-taque no solo, que transmite os meus

pés descalços,

na harmonia rítmica em cada troca de passos,

embalando, movendo o tronco e consequentemente os

braços, seria tu a mais sedutora dentre os gingados.

Luzia Vapor
Enviado por Luzia Vapor em 02/01/2025
Código do texto: T8232003
Classificação de conteúdo: seguro