Rês solitária
Tiro do bolso um maço de gente
Que o tempo insolente desvalorizou
Moeda de troca vagando sem dente
Rês solitária que o sol indecente esturricou
Uma fila se faz rumo ao fundo do poço
Não sei pra que o alvoroço
Meu lugar já cedi
Prefiro aguardar nas beiradas da vida
De braços abertos vaidade despida
Por você que nem ri
Cerrarei no final esse olhar tão profano
O meu lábio vitoriano
Enroscado ao seu
Nas sendas infindas distante de casa
Caminhos de pedra ferretes em brasa
O mau nos venceu